Voltando a um assunto já aqui mencionado, a hereditariedade vs o meio, eu irei a apresentar uma reflexão minha. Uma reflexão que volta ao caso "Genie" para explicar a importância dos genes bem como a importância do meio envolvente. Então cá vai:
Será que o comportamento das pessoas está associado ao seu código genético? Ou será que é o meio envolvente que molda a sua personalidade? E se ambos estiverem relacionados?
Estas são questões de uma grande complexidade, pois é verdade que os filhos herdam características dos pais, mas também é verdade que a grande maioria é estimulada pelo meio envolvente, pois, como vamos aprender a erguer-nos sobre os membros inferiores se não temos uma superfície onde nos apoiar? E como vamos aprender a andar se não temos espaço para tal? Isto foi o que aconteceu com Genie, uma menina encontrada a viver enclausurada durante vários anos da sua vida num micro espaço em sua casa onde não se conseguia mexer e onde era agredida se emitisse qualquer som. Quando foi descoberta e levada dali, ela mal sabia andar ou falar.
Estes foram dois aspectos de que ela foi privada de desenvolver e que os seus novos tutores tentaram estimular nela, apesar de certamente já ser tarde demais para tal, pois o período crítico para o desenvolvimento motor e da linguagem, ou seja, o período na vida de um indivíduo onde este aprende as bases do movimento e da fala, já tinha sido ultrapassado há alguns anos. Apesar de, no final, depois de alguns anos, esta menina não andar ou falar normalmente, ela obteve progressos surpreendentes devido aos estímulos exteriores recebidos.
Este caso leva-me a concluir que todos nós já nascemos com determinadas capacidades e cada pessoa tem mais apetência para umas coisas do que para outras a nível genético. No entanto, se nunca se treinar essas capacidades através do meio externo, estas dificilmente se desenvolverão.
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